capela-de-santo-amaro-0181A IGREJA DE SANTO AMARO

Um acontecimento de elevada projecção na vida da Paróquia Para este acto tão solene, em 1 de Março de 1953, dignou-se vir a Matosinhos, sua Exa. Rev.ma, o Sr. Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes. Recebido apoteoticamente pelo povo de Matosinhos que mostrou mais uma vez as suas qualidades de bondade generosa e a sua fidalguia, vibrando de entusiasmo e sabendo sentir a grandeza do seu progresso tanto material como espiritual. Sua Exa. Rev.ma, procedeu à bênção e colocação da primeira pedra dentro da qual foi encerrado um pergaminho com a acta do acontecimento, assinada pelas principais autoridades presentes. No final, Sua Exa. Rev.ma falou aos paroquianos de Matosinhos, exaltando a sua fé e louvando a resolução de construirem um novo templo em honra de Santo Amaro, destinado especialmente à classe piscatória do principal porto de pesca do país. Referiu vários exemplos da vida de Santo Amaro, dizendo esperar que os pescadores, sempre crentes e generosos, correspondessem aos esforços realizados para o bom êxito de tal empreendimento. Seguidamente o nosso pároco Pe. António Martins Fernandes, disse ao Senhor Bispo que os paroquianos de Matosinhos tinham correspondido sempre aos seus apelos e encontrara, as melhores boas vontades e os melhores colaboradores. Com pessoas tão distintas e de tantas qualidades, não podia estar parado, mas tinha também de corresponder à boa vontade dos seus paroquianos. O senhor D. António Ferreira Gomes agradeceu por fim a colaboração que os paroquianos de Matosinhos têm prestado aos seu pároco, dizendo que com a harmonia e união de pensamentos e de acção poderiam realizar muito de grande e duradouro na freguesia de Matosinhos. Sua Exa. Rev.ma retirou-se depois, muito bem impressionado com a manifestação de fé e amor à Santa Igreja, dos habitantes da freguesia. 22 de Janeiro de 1956, dia da inauguração da Capela para as gentes do mar. A Cruz colocada no alto da torre guiou gerações da terra ao mar, do mar à terra. O sino tocava fazendo lembrar sempre aquele primeiro dia com o seu repicar. As vidas foram conduzidas ao ritmo da Capela. As pessoas sentiam sempre esta presença bem aventurada dos Santos: ó Nossa Senhora da Boa Esperança, ó Santo Amaro, rogai por nós. Hoje os rogos são outros, as pessoas também, mesmo algumas havendo ainda de outora. As pessoas, também elas, reabilitadas, restauradas, conduzirão esta Igreja para um Povo de Deus em Marcha para a casa do Pai. Somos de um Deus e é por Ele que aqui estamos. É para Ele a nossa vida em Igreja. É n’ Ele tudo na nossa Paróquia, nada somos nem nada fazemos que não seja neste Deus de Jesus e nosso. “D’ Ele, por Ele e para Ele, são todas as coisas”. Graças a Deus por todos os que estão a tornar possível esta nova Igreja na Capela de sempre. 9 de Julho de 2005 é o dia da reabertura ao povo de Deus que aqui celebra a sua fé, depois das obras, daquilo que é seu, a Capela de Santo Amaro. Obras que transformaram o espaço e naturalmente transformam as pessoas. Aprendemos um modo novo de estar nesta Capela que não nos distrai do essencial, o Deus de Jesus Cristo, o Deus de cada um de nós. O mesmo Deus de sempre num espaço reabilitado, restaurado, reconstruído, renovado. Parece que as nossas preces são agora melhor apresentadas. Parece que o Senhor agora nos ouve melhor. A verdade é que nós o ouvimos melhor, o sentimos mais perto, mais connosco, mais em nós. Quase tudo fica feito mas há um essencial que fica por fazer, o arranjo da zona alta do presbitério, por cima do sacrário, onde se encontra uma provisória cruz de madeira. Para aí se pretende a criação duma peça global que envolva o presbitério numa perfeita relação com a nave da igreja e com a vida daqueles que celebram dia após dia, semana após semana a sua fé neste espaço de culto da nossa Comunidade Paroquial que é esta renovada Igreja. 22 de Janeiro de 2006, quinquagésimo aniversário da dedicação da Capela de Santo Amaro. É neste contexto que se iniciaram estas obras de reabilitação da nossa Capela. Aproveitando a intenção do aniversário, a necessidade do edifício e a comparticipação da Câmara Municipal. Seis meses de obras oferecem-nos um espaço limpo, reconstituído do exterior ao interior. Dá gosto olhar, estar, rezar e contemplar o Deus que anima este povo, esta gente a tornar possível a obra que todos desejavam e dela sentiam necessidade.