ACÓLITOS AO SERVIÇO DO ALTAR. O grupo de Acólitos da Paróquia de Matosinhos foi fundado como Associação em 21 de outubro de 1962, pelo Rev. Pe. Gabriel da Costa Maia.
“Uma das boas obras que se criaram em Matosinhos é a Associação dos Acólitos. Já mais de 100 acólitos, todos estudantes e dos melhores do Liceu local, todos os domingos assistem e servem às missas, emprestando às cerimónias litúrgicas grande brilho e piedade. Quem organizou este movimento foi o Pe. Dr. Gabriel da Costa Maia, a quem o pároco, por isso, está muito grato, pois muito se espera desta formação da nossa juventude e destes homens de amanhã, que assim bem formados, serão um exemplo vivo de dignidade, piedade e seriedade, no nosso meio social. Ele tem acompanhado com grande carinho estes acólitos, não se poupando a trabalhos e canseiras, para formar estes jovens e prepará-los para a vida.”
Matosinhos, 1 de novembro de 1968
O que é ser Acólito?
A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. Dado que se pode acompanhar alguém indo à frente, ao lado ou atrás de outras pessoas, acólito é aquele ou aquela que, na celebração da liturgia, precede, vai ao lado ou segue outras pessoas, para as servir e ajudar.
Quem é que o acólito acompanha e serve? Em primeiro lugar acompanha e serve o presidente da celebração da missa, que tanto pode ser o bispo como o presbítero; em segundo lugar acompanha e serve o diácono, o ministro extraordinário da comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser ajudadas durante a celebração. Noutras celebrações, acompanha e serve as pessoas responsáveis por essas mesmas celebrações.
Quando é que o acólito começa a ajudar e a servir o presidente da missa? Quando o bispo ou o presbítero, na sacristia, tomam as suas vestes. Já então o acólito deve estar vestido e pronto, para poder ajudar. Depois, acompanha-os na procissão de entrada, indo à frente. Durante a missa, o acólito está sempre atento ao que o bispo ou o presbítero precisam, para lhes apresentar umas vezes o missal, outras vezes as coisas que eles hão de colocar no altar, ou para os acompanhar quando vão distribuir a comunhão aos fiéis. Por fim, quando o presidente regressa à sacristia, o acólito vai à sua frente e ajuda-o a tirar as vestes e a guardá-las.
Só depois de tudo isso feito é que o acólito pensa em si próprio. No fim de ter ajudado o presidente da celebração, também ele tira a sua túnica e a guarda. Enquanto faz tudo isso, agradece a Jesus por ter estado a servi-lo na pessoa dos seus ministros, e pode lembrar-se daquela palavra do Senhor: Tudo aquilo que fizestes a um dos meus irmãos, mesmo aos mais pequenos, foi a mim que o fizestes.
Podemos então dizer que o acólito, desde o princípio até ao fim da missa, acompanha, ajuda e serve o próprio Jesus. Ele não o vê com os seus olhos; mas a fé ensina-o. Um verdadeiro acólito vai descobrindo isto cada vez mais. Se um acólito não o descobre, corre o risco de se cansar de ser acólito. Mas se o descobre e acredita nisso, então vai desejar sempre ser escolhido para acólito, em cada domingo.
Chamam-se acólitos instituídos, aqueles que o bispo duma diocese chamou e fez acólitos. Este chamamento e esta instituição pelo bispo querem dizer que um acólito instituído é convidado a participar muito empenhadamente na celebração da Eucaristia, que é o coração da Igreja, e que o deve fazer sempre que esteja presente e for convidado a fazê-lo pelo responsável da celebração.
Também quer dizer que, dentro da mesma diocese, o acólito instituído pode ser chamado a realizar o seu serviço em qualquer paróquia, desde que o pároco o convide ou lho peça, uma vez que o bispo que o chamou é o bispo de todas as paróquias dessa diocese.
Quem é que pode ser acólito instituído? Só os rapazes que se preparam para isso durante bastante tempo. É o que acontece com os seminaristas, embora também possam ser chamados outros rapazes ou homens que não sejam seminaristas. Este pormenor quer dizer que, um dia, se esse rapaz ou homem vier a ser ordenado padre, deve não só servir bem, como bom acólito que foi, mas também ensinar os mais novos da paróquia onde estiver, a serem bons servidores, ou seja, ótimos acólitos, como o vosso pároco está agora a fazer convosco.
Os acólitos não instituídos são em muito maior número do que os instituídos. São aqueles que nós conhecemos melhor, porque os vemos todos os domingos a servir na missa, nas nossas paróquias. Eles podem ser rapazes ou raparigas. Quem os chama para serem acólitos é o pároco de cada paróquia e não o bispo da diocese. Esse chamamento é precedido duma preparação. O Curso para Acólitos de que esta lição faz parte, tem por fim ajudar a fazer essa preparação.
Juntamente com o Curso é muito importante praticar o serviço de acólito, procurando fazê-lo cada domingo com maior perfeição e atenção, mas sobretudo com muito espírito de fé. Podemos dizer que Jesus foi o primeiro de todos os acólitos, pois disse um dia estas palavras: Eu estou no meio de vós como quem serve. Ora, o acólito, quer seja instituído quer seja não instituído, é e deve ser cada vez mais um rapaz ou uma rapariga que gostam de servir a Deus e aos seus irmãos na vida, a começar pelos que moram em sua casa e com os que com eles convivem mais de perto, e também na liturgia.
São Francisco Marto, nós, os acólitos portugueses, peregrinos neste lugar, onde viste a “Senhora mais brilhante do que o sol”, queremos imitar-te no amor a “Jesus escondido”. Ensina-nos a contemplar Jesus nas celebrações em que servimos. Com a tua intercessão, ajuda-nos a estar atentos na Eucaristia, para reconhecermos a presença de Jesus no sacerdote e no meio da assembleia dos irmãos; para escutarmos com o coração aberto a Palavra de Deus; para nos alimentarmos dignamente do Corpo e Sangue de Jesus.
Ajuda-nos a servir ao altar como Jesus merece, a fazer tudo com dignidade, diligência e alegria e, sobretudo, com um amor como aquele com que adoravas o Senhor.
Faz-nos teus imitadores no desejo de estar com Cristo em oração, no exercício do nosso ministério e no testemunho da nossa vida. Ámen.
Senhor Bom Jesus de Matosinhos, sempre vivo e presente connosco, tornai-me digno/a de Vos servir no Altar da Eucaristia, onde se renova o sacrifício da Cruz e Vos ofereceis por todos os homens. Vós, que quereis ser para cada um o amigo e a fortaleza no caminho da vida, concedei-me uma fé humilde e forte, alegre, generosa e missionária, pronta para Vos testemunhar e servir. E porque me chamastes ao Vosso serviço, permiti que Vos procure e encontre e, pelo Sacramento do Vosso Corpo e Sangue, permaneça unido/a a Vós para sempre. Ámen.
SUBSÍDIOS PARA OS ENCONTROS DE FORMAÇÃO
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