Jubileu 2025

Segundo a tradição, cada Jubileu é proclamado através da publicação de uma Bula Papal (ou Bula Pontifícia) de Proclamação. Por “Bula” entende-se um documento oficial, geralmente escrito em latim, com o selo do Papa, cuja forma dá o nome ao documento. No início, o selo era geralmente feito de chumbo e trazia na frente a imagem dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, fundadores da Igreja de Roma, e no verso o nome do Pontífice. Mais tarde, o selo metálico foi substituído por um carimbo a tinta, mas continuou a ser utilizado para os documentos mais importantes. Cada Bula é identificada pelas suas palavras iniciais. Por exemplo, São João Paulo II proclamou o Grande Jubileu do Ano 2000 com a Bula Incarnationis mysterium (“O Mistério da Encarnação”), enquanto o Papa Francisco proclamou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia (2015-2016) com a Bula Misericordiae vultus (“O Rosto da Misericórdia”). A Bula de Indicação do Jubileu, que indica as datas do início e do fim do Ano Santo, é geralmente emitida no ano anterior, coincidindo com a Solenidade da Ascensão. Para o Jubileu de 2025, prevê-se que seja publicada a 9 de maio de 2024.

Logotipo do Jubileu

O logotipo representa quatro figuras estilizadas para indicar a humanidade dos quatro cantos da Terra. As figuras estão abraçadas cada uma à outra, para indicar a solidariedade e a fraternidade que unem os povos. O que está à frente está agarrado à cruz. É o sinal não só da fé que abraça, mas da esperança que nunca pode ser abandonada, porque precisamos dela sempre e sobretudo nos momentos de maior necessidade. Observemos as ondas que estão em baixo e que se movem, para indicar que a peregrinação da vida nem sempre se move em águas tranquilas. Muitas vezes eventos pessoais e eventos mundiais impõem com maior intensidade o chamamento à esperança. É por isso que devemos prestar atenção à parte inferior da cruz, que se prolonga, transformando-se numa âncora, que se impõe ao tumulto das ondas. Como se sabe, a âncora tem sido muitas vezes usada como metáfora da esperança. A âncora da esperança, na verdade, é o nome que na gíria marítima é dado à âncora de reserva, utilizada pelas embarcações em manobras de emergência para estabilizar o barco durante as tempestades. Não ignoremos o facto que a imagem mostra como o caminho do peregrino não é um acontecimento individual mas comunitário, com a marca de um dinamismo crescente que tende cada vez mais para a Cruz. A Cruz não é de modo algum estática, mas também ela dinâmica, curva-se para a humanidade como que para ir ao seu encontro e não a deixar sozinha, mas oferecendo a certeza da presença e a segurança da esperança. Finalmente, vê-se claramente o lema do Jubileu de 2025 com a cor verde: Peregrinantes em Spem.

Oração do Jubileu

Pai que estás nos céus, que nos deste no teu filho Jesus Cristo, nosso irmão, e a chama de caridade derramada nos nossos corações pelo Espírito Santo despertem em nós a bem-aventurada esperança para a vinda do teu Reino.

A tua graça nos transforme em cultivadores diligentes das sementes do Evangelho que fermentem a humanidade e o cosmos, na espera confiante dos novos céus e da nova terra, quando, vencidas as potências do Mal, se manifestar para sempre a tua glória.

A graça do Jubileu reavive em nós, Peregrinos de Esperança, o desejo dos bens celestes e derrame sobre o mundo inteiro a alegria e a paz do nosso Redentor.

A ti, Deus bendito na eternidade, louvor e glória pelos séculos dos séculos. Ámen.

2024 – Ano da Oração

Depois do ano dedicado à reflexão sobre os documentos e ao estudo dos frutos do Concílio Vaticano II, por proposta do Papa Francisco, o ano de 2024 será o Ano da Oração. O Santo Padre anunciou-o no domingo, 21 de janeiro de 2024, por ocasião do Quinto Domingo da Palavra de Deus. Já na sua Carta de 11 de fevereiro de 2022, dirigida ao Pró-Prefeito, Sua Ex. Rev.ma D. Rino Fisichella, para encarregar o Dicastério para a Evangelização do Jubileu, o Papa tinha escrito: «Desde já, apraz-me pensar que o ano que precede o evento jubilar, 2024, possa ser dedicado a uma grande ‘sinfonia’ de oração. Antes de mais, para recuperar o desejo de estar na presença do Senhor, de o escutar e de o adorar». Portanto, no caminho de preparação para o Jubileu, as dioceses são convidadas a promover a centralidade da oração individual e comunitária.

O Dicastério disponibilizou algumas ferramentas úteis para entender melhor e redescobrir o valor da oração. Para além das 38 catequeses sobre a Oração que o próprio Papa Francisco proferiu de 6 de maio de 2020 a 16 de junho de 2021, foi publicada pela Libreria Editrice Vaticana uma coleção de “Apontamentos sobre a Oração”. Trata-se de 8 volumes destinados a recolocar no centro a relação profunda com o Senhor, através das múltiplas formas de oração contempladas na rica tradição católica. Além disso, está disponível online um subsídio pastoral, em versão digital, para ajudar as comunidades paroquiais, as famílias, os sacerdotes, os clérigos e os jovens a viver com maior consciência a necessidade da oração quotidiana.

Site oficial do Jubileu